Colecalciferol

Fórmula molecular: 

C27H44O

DCB/DCI: 

1497

Denominação botânica:

Não aplicável

Propriedades:

O termo vitamina D engloba um grupo de moléculas secosteróides derivadas do 7-deidrocolesterol (7-DHC) interligadas através de uma cascata de reações fotolíticas e enzimáticas que acontecem em células de diferentes tecidos. À vitamina D3 é primariamente atribuído o papel de importante regulador da fisiologia osteomineral, em especial do metabolismo do cálcio. Entretanto, ela também está envolvida na homeostase de vários outros processos celulares, entre eles a síntese de antibióticos naturais pelas células de defesa dos mamíferos, modulação da autoimunidade e síntese de interleucinas inflamatórias, e como participa da regulação dos processos de multiplicação e diferenciação celular, é atribuído também a ela papel antioncogênico.
Uma série de avaliações epidemiológicas mostra que uma significativa parcela da população mundial apresenta baixos níveis de vitamina D3. Nos seres humanos, apenas 10 a 20% da vitamina D3 necessária à adequada função do organismo provém da dieta. Ela pode ser obtida provinda de alimentos de origem animal como peixes gordurosos (por exemplo atum e salmão) e de origem vegetal através de fungos comestíveis (cogumelos). Dados relevantes informam que a maior parcela dos indivíduos obtém a vitamina D3 mediante sua própria exposição à luz solar, por conseguinte, mais do que através da alimentação. À fim de produzi-la, basta a exposição às radiações ultravioleta naturais ou artificiais. O tempo de exposição e a proporção do corpo exposto necessários para uma adequada síntese de vitamina D3 na pele são questões difíceis de serem definidas e não podem ser tituladas como regra geral, uma vez que dependem da latitude, estação do ano, cor da pele, hábitos alimentares, vestimentas e determinação genética de cada indivíduo.
Uma vez incorporada ao organismo, seja através dos alimentos naturais ou sob a forma de suplementos, faz-se necessário manter a vitamina D em suspensão no intestino delgado proximal, para que possa ser absorvida. Por ser lipossolúvel, depende da formação de micelas para permanecer suspensa no meio aquoso do lúmen intestinal e ser absorvida. Esta possibilidade é assegurada mediante sua conjugação com os sais biliares, tal como acontece com os lipídios em geral. As ações mais importantes da vitamina D são a regulação e a manutenção dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo, aumentando a captação intestinal, minimizando a perda renal e estimulando a reabsorção óssea, quando necessário. Na célula muscular esquelética, a vitamina D atua através do mecanismo clássico de ligação a um receptor nuclear e de ligação a um receptor de membrana, realizando ações que envolvem o transporte de cálcio, a síntese proteica e a velocidade de contração muscular.

aplicações

Indicações:

É usada no tratamento e prevenção de deficiência de vitamina D em casos de hipocalcemia. A vitamina D age sobre os ossos, rins e intestino regulando o metabolismo do cálcio.

Posologia:

Dose externa: 5.000 a 100.000ui para cada 100g.
Dose interna: 10 a 2.500mcg (400 a 100.000ui) ao dia.

Via de administração:

Uso oral, Uso tópico.

Reações adversas:

Superdosagem contribuem para o desenvolvimento da hiperfosfatemia ou hipercalcemia. Anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, sudorese, cefaléia, sede, sonolência e vertigem também são sintomas de superdosagem.

Interações medicamentosas:

Antiácidos que contenham magnésio quando usados concomitantemente com vitamina D podem resultar em hipermagnesemia, especialmente na presença de insuficiência renal crônica. O uso concomitante de vitamina D3 com análogos, especialmente calcifediol, não é recomendado devido ao efeito aditivo e aumento do potencial tóxico. Preparações que contenham cálcio em doses elevadas, ou diuréticos tiazídicos quando usados concomitantemente com vitamina D3, aumentam o risco de hipercalcemia e as que contém fósforo, também em doses elevadas, aumentam o risco potencial de hiperfosfatemia.

Referências Bibliográficas:

1. CAVALCANTI, Luiz Carlos. Incompatibilidades Farmacotécnicas na Farmácia Magistral: causa, recomendação e uso terapêutico. Pharmabooks: São Paulo, 2006.
2. Martindale: The Complete Drug Reference. 35. Ed. PhP: Londres, 2007.
3. MOURA, José Gilberto. Nutrientes e Terapêutica: como usá-los, quando usálos, como avaliar suas carências, radicais livres na saúde. Visão Artes: Rio Grande do Sul, 2006.
4. Disponível no site http://www.prvademecum.com (em 27/02/2008).